31 maio 2011




"A capacidade de construir pensamentos não os encanta nem pertuba senhoras e senhores? Como invadimos o imenso pátio do córtex cerebral, milhões de vezes mais complexo do que os bairros desta magna cidade, e conseguimos encontrar as peças que constituem o mais pobre de todos os pensamentos?
Isso não nos deixa pasmos? O mais desprezível dos seres humanos, por ter tal capacidade, não é um gênio, mesmo que seja reprovado na escola ou tenha um QI de baixo padrão? Como penetramos nos insondáveis labirintos do córtex cerebral e, em meio a bilhões de opções, resgatamos de seus arquivos os verbos e os conjugamos sem saber onde se encontram e qual será o tempo verbal que previamente usaremos? Essa façanha não os deixa deslumbrados? Nos comportamentos somos distintos, mas os fenômenos que nos tornam a espécie homo sapiens são exatamente os mesmos entre juízes e réus, promotores e criminosos..."

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